quarta-feira, 2 de maio de 2012

Avalanche ‘Silent Hill’

‘Silent Hill’ 2 e 3 remasterizados em HD, ‘Silent Hill Downpour’, ‘Silent Hill Book of Memories’ para o Vita e o filme ‘Silent Hill Revelation 3D’. Prepare-se que a avalanche chegou!

Será que o medo está de volta?

É quase unânime entre os fãs de jogos de terror: o gênero perdeu a essência. Veja só os games de terror da atualidade: “Resident Evil”, “F.E.A.R”. e “Bioshock”. Quantos deles podem mesmo ser chamados de genuínos survival horror? Nem mesmo a série “Silent Hill”, orgulhosa por criar o gênero, não escapou a esse destino. Com exceção de “Dead Space”, todas as outras franquias tornaram-se mais jogos de ação do que qualquer outra coisa.
Evidentemente, ainda há aqueles eternos esquecidos, como “Fatal Frame”, “Clock Tower” e “Alone in the Dark”. Mas o fato é que se você esteve procurando por algum jogo que o fizesse urinar nas calças até chamar a mamãe, teria de procurar muito, muito mesmo.
Felizmente, a série número um do tipo “que-diabos-é-isso-afinal?!?” parece pronta para reassumir o seu merecido lugar entre os games mais assustadores do mundo. Ciente da bola fora que foi Shattered Memories e Homecoming, a Konami preparou o retorno triunfal da franquia com nada menos que cinco games e um filme.
Todos os games acabaram de sair do forno e, no momento em que você estiver com essa revista em mãos, já pode tirar suas próprias conclusões se de fato Silent Hill voltou a ser relevante ou não.
É uma verdadeira enchente de “Silent Hill”. Não perca as contas: os primeiros da leva são “Silent Hill 2” e “3” que serão vendidos num pacote especial e remasterizado para PlayStation 3 e Xbox 360. Depois dele o carro chefe do pacote: “Silent Hill Downpour”, também para PS3 e X360. E por último - mas não menos importante -, “Silent Hill Book of Memories” para o PS Vita. Isso para não esquecer a sequência do melhor filme baseado em um jogo: “Silent Hill Revelation 3D”.
Downpour
Silent Hill HD Collection
Se a Konami quer reconquistar os fãs de “Silent Hill”, o melhor jeito é dar a eles o que há de melhor na série. Quase todos os fãs com que conversamos apontam “Silent Hill 2” como o melhor da série, outros tantos apostam em “Silent Hill 3”. Nada mais justo que a Konami aproveitar a onda de remasterizações para relançar esses dois clássicos para a geração atual de videogames. O primeiro grande lançamento da Konami no ano é justamente “Silent Hill HD Collection”, uma compilação que reúne dois dos melhores títulos da série.
Você certamente já está saturado de todos os detalhes sobre o relançamento, mas não custa nada lembrar que os dois games ganharam um banho gráfico, um novo trabalho de dublagem e, é claro, correção de pequenos bugs.
Em “Silent Hill 2”, você retorna àquela velha cidade nebulosa na pele de James Sunderland, que perdeu sua esposa anos antes. Ele decide ir até a cidade de “Silent Hill” para encontrar sua amada após receber uma carta misteriosa. O que ele não sabe é que tudo não passa de um engodo da própria cidade para torturá-lo e revelar segredos escondidos.
Já em “Silent Hill 3”, você encarna a única mulher a protagonizar um game da série: Heather Mason. Ela vivia tranquilamente até que foi jogada em um verdadeiro pesadelo na cidade supracitada. Para sair de lá ela terá de desvendar segredos obscuros de um culto muito antigo e maligno, além de revelar mais sobre alguns dos personagens do primeiro game do PlayStation 1.
Esses são provavelmente os dois títulos mais amados de toda a história da franquia. À primeira vista, pode parecer que a Konami apenas se aproveitou para lançar dois grandes jogos e faturar algumas verdinhas, mas a verdade é que a publisher teve muito trabalho para relançar os dois jogos para o X360 e PS3: mão foram poucas as encrencas com processos judiciais, redublagem, adiamentos etc.
Alguns jogadores acham que remasterizações não adicionam nada à experiência de jogo. De fato, o jogador médio apenas verá gráficos melhores. É motivo suficiente para você comprar o jogo? Nossa resposta é categórica: sim. Jogadores que não conhecem esses games não podem perder essa oportunidade por nada.
Os fãs antigos poderão jogar outra vez esses clássicos como se fossem títulos totalmente novos, pois os gráficos receberam um tratamento especialíssimo e agora é possível até ver detalhes nas roupas dos personagens e detalhes de cenários que antes eram ficavam escondidos nas limitações tecnológicas da época. Além disso, as novas vozes tornam os diálogos menos previsíveis.
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Silent Hill: Book of Memories
A mais inesperada das novas incursões de “Silent Hill” é com o título Book of Memories, afinal o game desembarca também para o Vita. Não que seja estranho um game da série parar no bolso dos jogadores, a estranheza mesmo é com o estilo de jogo que a Konami resolveu adotar.
Ao invés de pegar um personagem pronto que foi jogado em “Silent Hill”, o jogador terá de criar seu próprio personagem. Naturalmente, esse personagem não terá a mesma acuidade de detalhes dos outros. Além disso, o ângulo de câmera isométrica pode parecer muito chocante para os fãs da franquia.
Outra mudança profunda é que Book of Memories abandona de vez o estilo survival e coloca o gamer num jogo de ação cujo foco é o modo multiplayer co-op, a primeira incursão da série no gênero.
Em alguns momentos, o game mais lembra um misto de “God of War” com “Diablo”, se é que isso é possível. Leia-se que a grande preocupação do time de desenvolvimento foi manter você e seu amigo entretidos matando monstros em corredores e salas fechadas, enquanto vai ganhando pontos.
Mas não pense que Book of Memories esquece tudo que os outros títulos já nos ensinaram. Ainda há poucas armas e munições a serem coletadas nos cenários, fazendo que as armas manuais sejam a melhor escolha nos momentos críticos. Além disso, as armas manuais também são limitadas como em Origins.
Em relação aos aspectos técnicos, fica evidente que Book não é nem de longe o game para se exibir aos seus amigos em relação ao poderio gráfico do Vita. Contudo, vale ressaltar que o título tenta se aproveitar do hardware do Vita da melhor maneira possível: em alguns momentos, surgem muitos inimigos ao mesmo tempo na tela.
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Silent Hill Downpour
O principal tiro do pacotão da Konami é “Silent Hill Downpour”, um dos maiores lançamentos da Konami no ano. O game foi desenvolvido pelo estúdio Vatra, da República Tcheca, e narra a história de Murphy Pendleton, um fugitivo que vai até a cidade envolta em neblina logo após um acidente com o veículo que o transportava. A partir daí o jogador deve explorar uma região nova da cidade e escapar de monstruosidades e perigos que o cercam.
O grande destaque de “Downpour” é a água, como o título sugere, pois a transição para o mundo alternativo se dá exatamente nos momentos em que a água se faz mais presente como parte dos cenários e da ação, principalmente durante momentos de chuvas torrenciais. A intenção da produtora com Downpour é retornar àquele clima de terror psicológico. Para isso, há elementos bem clássicos, como a limitação de armas que podem ser portadas com o personagem, além do fato das armas manuais poderem se quebrar após um tempo de uso, assim como ocorria em Origins. Durante esses momentos, o jogador só poderá fugir, pois o inventário de armas não existe mais - bem parecido com o que ocorria em Shattered Memories.
O game terá a linearidade que tornou a série famosa na geração 128-bit, mas os combates não foram deixados em segundo plano, como em Shattered Memories, e tão pouco supervalorizados, como em Homecoming. É claro que o game entrou na onda atual, permitindo que o jogador desenvolva algumas escolhas nos diálogos e ações. E, conhecendo a franquia como conhecemos, é certo afirmar que o final vai depender muito do que o jogador fizer (ou não) durante a aventura.
Outra mudança perceptível é a trilha sonora, que ficou a cargo de Daniel Licht, substituindo o mítico Akira Yamaoka. Licht é o responsável pelas trilhas do seriado de TV Dexter e a música tema foi criada pela banda de new metal Korn.
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Silent Hill Revelation
Além de toda esta torrente de novos games, há ainda um novo filme sobre “Silent Hill” agendado para ser lançado ainda neste ano. Trata-se de “Silent Hill Revelation 3D”, uma sequência direta de Terror em “Silent Hill”, que fez sucesso em 2006. Como não podia deixar de ser, o filme se baseia em “Silent Hill 3”, salvo algumas diferenças de adaptação para as telonas.
A trama narra à aventura de Heather Mason e seu pai, Christopher da Silva. Assim que completa 18 anos, Heather descobre que sua identidade é uma mentira, ela é atormentada por pesadelos e seu pai desaparece subitamente. Disposta a descobrir a verdade, a jovem acaba chegando à cidade de “Silent Hill”, onde encontra figuras muito conhecidas dos fãs, como Claudia Wolf, Vincent, Rose (do primeiro filme) e até a Dahlia Gillespie.
O roteiro não foi produzido por Roger Avary, o mesmo do primeiro longa, mas sim por Michael J. Basset, que também assume o papel de diretor.
Heather será interpretada por Adelaide Clemens, que já fez ponta em “X-Men Origins” Wolverine e em várias séries da TV americana. Radha Mitchell retorna ao seu papel de Rose da Silva e Sean Bean interpreta o pai de Heather.
As filmagens já foram finalizadas e o processo de pós-produção já se encerrou, restando à New Line, produtora do filme, lançar a película nas telonas. Se o filme fizer o mesmo sucesso do primeiro, pode apostar que o sonho da New Line em transformar a franquia numa trilogia estará mais perto do que nunca.




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