terça-feira, 30 de outubro de 2012

Ubisoft anuncia parceria para produzir um filme de Assassin´s Creed


Ubisoft, desenvolvedora de uma das franquias de videogame de maior sucesso dos últimos tempos, a série Assassin´s Creed, anunciou uma parceria com a New Regencypara a produção da adaptação dos jogos para o cinema.

O longa será produzido pela Ubisoft Motion Pictures, braço de cinema e televisão da empresa, com a colaboração da New Regency. Um anúncio das duas empresas revelou que o roteiro deve começar a ser criado imediatamente, já que as peças estão todas se encaixando para que o projeto ganhe forma rapidamente.

Jean-Julien Baronnet, presidente da Ubisoft Motion Pictures, afirmou que sua empresa vai se manter no comando da parte criativa, assegurando que o filme seja fiel aos jogos e agrade aos fãs da série espalhados pelo mundo. Vale lembrar que o protagonista do longa será Michael Fassbender (Prometheus).

Fonte: CineClick

Novidades sobre o aguardado Grand Theft Auto V


Data de lançamento
 
Um cartaz europeu de Grand Theft Auto V  promete o lançamento do jogo para a primavera de 2013 nos EUA (outono por aqui). É a primeira vez que surge qualquer indício de data para o jogo, um dos mais esperados dos últimos anos. Para Grand Theft Auto IV, a Rockstar Games lançou o título simultaneamente no mundo todo, exceto no Japão, que recebeu o jogo seis meses depois. Grand Theft Auto V se passará na cidade de Los Santos - a versão da Rockstar para Los Angeles, no estado de San Andreas (a Califórnia da série).

Plataformas confirmadas

Wii U, novo e aguardado console da Nintendo não receberá uma versão de Grand Theft Auto V da Rockstar Games. O rumor surgiu após ser veiculado na internet a imagem (ao lado) de um suposto cartaz de divulgação do game. Nele estão listados apenas os consoles de mesa da Microsoft e Sony como plataformas do game. Todavia, vale lembrar que várias campanhas publicitárias como a de Assassins's Creed III não relacionavam o Wii U como uma das plataformas do game, mesmo após o anúncio oficial ter sido feito. Nos resta agora aguardar novas informações sobre o game.

Fonte: Omelete / Nintendo Blast

Nintendo tem prejuízo de US$ 350 milhões no 1° semestre de 2012


Em relatório apresentando nesta semana, a Nintendo anunciou o prejuízo de US$ 350 milhões (R$ 709 milhões) nos primeiros seis meses de seu ano fiscal, fechado em 30 de setembro. Esse é o segundo ano consecutivo de números negativos, já que a empresa japonesa fechou com perdas de US$ 877 milhões no mesmo período de 2011, quando cortaram o preço do portátil 3DS. As informações são do site do Washington Post.

O principal motivo da queda nas vendas é a crescente popularidade de smartphones e outros dispositivos móveis, que tem distanciado os antigos jogadores de consoles como Wii e 3ds. A Sony e a Microsoft também tem sofrido com a mesma tendência.

Fonte: GameVício

Novo trailer de Ninja Gaiden 3: Razor's Edge mostra toda a sua brutalidade no Nintendo Wii U


Team Ninja  publicou um trailer de Ninja Gaiden 3: Razor's Edge, que está programado para ser lançado no Nintendo Wii U, no dia 18 de novembro. O vídeo conta com a sanguinolência característica da série e marca o retorno dos desmembramentos. Veja:


A empresa também anunciou que Ayane será uma personagem jogável em modo cooperativo online.

Fonte: Omelete

É oficial: GTA V chega entre março e junho de 2013

GTA V

Os rumores estavam certinhos: a Rockstar confirmou nesta terça-feira (30) que GTA V chega mesmo entre março e junho de 2013, a primavera do hemisfério norte.
Em meio ao caos provocado pelo furacão Sandy em Nova York, a filial nova-iorquina da produtora Take Two revelou a informação em uma reunião para investidores. Sam Houser, cofundador da Rockstar Games, deu as boas novas pessoalmente, dizendo que GTA V é o GTA mais ambicioso que eles já fizeram. E é natural que seja, certo?
“Grand Theft Auto V se baseia em tudo o que aprendemos sobre o desenvolvimento de jogos em mundo aberto”, disse Houser. “Nós estamos ansiosos para mostrá-lo aos fãs.”
De acordo com a Rockstar, o jogo chega primeiro para Xbox 360 e PlayStation 3. A empresa não confirmou nem deu detalhes sobre a versão para PC, mas ela deve chegar. Um dia. Ou não.
Nós teremos mais detalhes sobre GTA V na edição de novembro da Game Informer, que chega no dia 8 de novembro às bancas gringas e aos iPads do mundo todo. Enquanto isso, só podemos esperar e curtir a nova imagem de divulgação. Aquilo ali é um iFruit? 

GTA V

Windows 8 e os games: estamos vendo isso aí

Windows 8

O novo OS da Microsoft era uma catástrofe, outros diziam que ele era um pesadelo de usabilidade. Outros partiam em defesa do novo Windows, dizendo que era tudo mentira. Bom, eu instalei o novo sistema operacional para tentar entender quem está certo nessa história toda.
Eu e o Windows 8 ainda estamos aprendendo a conversar – depois de alguns trancos e algumas ameaças de arremessar o monitor na parede -, mas já posso dar uma prévia do que estou achando. Basicamente, tudo se resume a: calma, galera, não é bem assim. O Windows 8 é um cara estranho e diferentão que quer te conquistar, mas só vai conseguir se você tiver bastante paciência e deixar ele mudar sua forma de entender o conceito de sistema operacional..
Um pesadelo de adaptação

Windows 8

Meu primeiro dia com o Windows 8 foi um terror. Mesmo vindo diretamente de um Mac com Mountain Lion, eu não estava esperando por um OS tão estranho. Ele vai te encher de dúvidas, e só o Lifehacker vai conseguir resolver a maioria delas. É tablet? Mas eu não tenho tela de toque. É desktop? Então cadê meu menu Iniciar? O que é esse tal de Charm? Por que eu não posso usar o botão de compartilhar quando estou no desktop? CADÊ MEU PAINEL DE CONTROLE?!
Mas esse sentimento não dura muito tempo. O Windows 8 não é um pesadelo de usabilidade; ele só tem uma usabilidade diferente do que estamos acostumados. Logo você se acostuma, aprende as manhas e se sente mestre do universo novamente. Dá para esquecer totalmente a nova interface, se você quiser, ou abusar dela das mais variadas maneiras para acelerar seus processos. Basta treinar – ou ler umas dicas e macetes dos nossos amigos do Gizmodo.
A verdade é que o Windows 8 muda o jogo. E ou você se adapta, ou você vai ter que tentar outro esporte. Mas, se você quer o seu Steam com todos os jogos mais recentes disponíveis, o seu Battlefield 3 para curtir e o seu Origin para odiar, vai precisar do Windows. E tente se enganar o quanto quiser dizendo que o novo Windows vai fracassar e você vai ficar no 7 até isso acontecer. O Windows 8 não é ruim, e logo você vai se encontrar numa minoria tão absurda quanto a galera que ainda usa Windows XP hoje em dia “porque é mais leve”.
Eu ainda estou aprendendo a me locomover pelo novo OS, e com certeza vou voltar no assunto adaptação quando estiver mais treinado. Por enquanto, tudo o que você precisa saber é que, se nada der certo, o desktop continua lá. Escondido, isolado, e sem menu iniciar, é verdade. Mas bem mais rápido (se seu PC der conta do recado, claro), compatível (não precisei instalar um driver sequer durante a instalação do windows) e mais inteligente do que o Windows 7 jamais conseguiria ser.

A catástrofe está nos olhos de quem vê

Windows 8

Tá, legal, mas e os jogos? Por que o mítico Gabe Newell, chefão da Valve e do Steam, chamou o Windows 8 de catástrofe? Depois de testar o Win 8 por alguns dias, o único motivo que consigo conceber para a fúria de Gabe é medo. Afinal, o novo OS da Microsoft foi criado para rodear uma loja da própria Microsoft. Essa loja vende apps, vende software e, quem diria, vende jogos também – desde os mais básicos joguinhos para tablet até os antigos gigantes da Windows Games Live.
É óbvio que Gabe não gosta disso. Ele é dono de uma loja que vende jogos – e agora, software também. Mas a Microsoft é dona do DirectX, e a grande maioria dos jogos só roda através do sistema operacional que ela criou. Gabe não tem muita opção, além de reclamar. E a reclamação perde ainda mais o sentido quando você percebe que o Steam funciona perfeitamente no Windows 8. Ele até ficou mais rapidinho, na verdade.
Todos os meus jogos funcionaram muito bem, todos os meus downloads de jogos prosseguiram sem problemas. Não notei nenhuma alteração no desempenho dos jogos e senti que a lojinha do Steam ficou um tantinho mais veloz. Até o maldito do Origin funcionou sem dramas e mais rapidamente no Windows 8. Outra coisa excelente é que o Windows Update não fica mais mandando notificações de atualizações no sistema a cada 10 minutos. Na verdade, acho que essa é a melhor parte do novo OS.
No fim das contas, praticamente nada mudou para quem quer jogar. A concorrência vai apertar para o Steam, conforme a lojinha do Windows se desenvolve, mas você não precisa mudar de ambiente se não quiser. Eu, com certeza, não vou deixar de usar o Steam e o Origin porque mudei de sistema operacional (ok, eu deixaria de usar o Origin, mas a EA não me deixa). Sobretudo porque a loja do Windows 8 ainda está imatura demais para concorrer com os serviços de distribuição digital mais antigos. Vamos ver como as coisas vão ficar daqui em diante.

Revivendo os clássicos

Windows 8

Antes de terminar, vale lembrar que os clássicos joguinhos do Windows – Paciência, Campo Minado e companhia limitada – não estão mais inclusos no Windows 8. Você precisa baixá-los da lojinha da Microsoft, e eu recomendo que você faça isso o mais rápido possível. As novas versões de alguns dos clássicos mais jogados da história estão lindonas, contam com conquistas e têm interação direta com seu Xbox 360. Baixe também o SmartGlass da lojinha da Microsoft. Mesmo que você esteja num desktop, ele funciona com qualquer Xbox 360 na mesma rede do seu computador. E o que eu posso dizer de um sistema operacional que me fez gostar de novo de jogar Campo Minado? O jogo tem até “skins” para o tabuleiro (!!!), variando da mais básica até algo mais “realista”. Outro grande feito que o Windows 8 me trouxe é poder dizer que liberei conquistas e aumentei meu gamerscore jogando Paciência. Pena que a clássica telinha de vitória do jogo de cartas mudou, e perdeu boa parte do seu encanto original:

Windows 8

Borboletas de cartinha, Microsoft, sério? 


Gatos mutantes estarão no novo jogo do Team Meat

Mew-genics

Super Meat Boy e The Binding of Isaac comprovam: Edmund McMillen e Tommy Refenes, os dois membros do Team Meat, não são pessoas exatamente normais. E se eles dizem que estão trabalhando no jogo mais esquisito que já fizeram até agora, é bom a gente ficar de olho.
Mew-Genics é o resultado de uma Game Jam da qual a dupla participou durante um fim de semana e, segundo a sua primeira imagem de divulgação, é “mais ou menos sobre gatos”. Tommy e Edmund não divulgaram muito sobre o jogo, se limitando a dizer que ele será estranho, gerado aleatoriamente (assim como Binding of Isaac, talvez) e envolverá bichaninhos.
Bichinhos fofinhos e mutantes. Tenho um certo medo do que vai sair daí, ainda mais considerando que Mew-Genics parece ser um trocadilho com “Eugenics”  (ou, em português, Eugenia), o que pode gerar algo potencialmente complicado.

Pôsteres de GTA V prometem jogo para começo de 2013

GTA V

Depois de muito tempo de silêncio sobre Grand Theft Auto V, a temporada de vazamentos e rumores começa a esquentar. Depois do pôster polonês, foi a vez de a loja britânica GAME “tuitar acidentalmente” que o jogo deve sair na primavera norte-americana em 2013.
Através da conta oficial da unidade da loja em Brighton, um tuíte na manhã desta terça-feira (30) mostrava uma foto com diversos pôsteres do futuro jogo da Rockstar – no mesmo design do pôster vazado há apenas dois dias –, prometendo um lançamento para o começo de 2013. Vale lembrar que esses pôsteres também levavam a mesma frase da campanha de pré-venda que já vimos no vazamento anterior: “Compre na pré-venda agora para evitar decepções”.
O tuite já foi apagado, e nem a GAME e nem a Rockstar se pronunciaram sobre o assunto ainda. No último dia 11 de outubro, o editor-chefe da Game Informer havia avisado que a próxima edição da revista teria muitas informações novas sobre GTA V, mas a data de lançamento do jogo continua um mistério.

posteres

Sendo que a Rockstar tem a tradição de manter seus games em segredo até que esteja pronta para mostrá-los, essa previsão até faz sentido. Recentemente, a produtora mostrou a primeira arte de divulgação do jogo através de sua conta no Instagram, e antes disso só havia divulgado algumas imagens de GTA V em agosto.
Se confirmada essa janela de lançamento, podemos esperar um começo de ano destruidor. Considerando de março a maio de 2013, já teremos nomes grandes como os novos SimCity, Tomb Raider, Gears of War e God of War, entre outros.

Entrevista com Katsuhiro Harada, produtor de Tekken

Katsuhiro Harada - Fernando Mucioli

Quando Katsuhiro Harada, o produtor da série Tekken, pensava no Brasil, imaginava praias, mulheres de biquíni e pessoas andando de chinelo na rua. Mas quando ele chegou aqui, para visitar a Brasil Game Show 2012, o que ele encontrou foi o frio bizarro da primavera de São Paulo, além de muitos fãs.
Nós já havíamos batido um papo interessante com o desenvolvedor japonês há alguns dias, por e-mail. Mas não víamos a hora de chegar o Brasil Game Show para nos encontramos com ele frente a frente e ver se toda aquela cada de mau das fotos era justificada. Era 10h da manhã de um sábado quando o vi pela primeira vez, no saguão do hotel onde ele estava hospedado, em São Paulo. Os óculos escuros, pelo menos, já estavam devidamente posicionados no rosto.
Mas logo que o papo começou, ele se mostrou muito mais simpático e aberto do que as fotos poderiam dar a entender. E, mais do que um personagem, descobrimos que ele é uma pessoa com uma visão muito clara da indústria onde trabalha. E também de que as pessoas podem ser irritantes no Twitter. 
_____________
O que você achou do Brasil até agora?
Essa é primeira vez que eu vim… e eu percebi que as informações e imagem que a gente tem no Japão sobre aqui são um pouco defasadas.
Eu me assustei como quando você sai de noite a cidade se parece com Nova York, e eu realmente achei que estaria mais calor. Eu cheguei e pensei “Hoje tá frio? O que tá acontecendo?”. Eu não imaginava que todo mundo estaria usando roupas de manga comprida, mas sim andando de biquínis e sandálias. Ninguém usa sandália! Nesse sentido eu me assustei um pouco, era uma imagem diferente da que eu tinha.
Você já teve contato com os jogadores brasileiros de Tekken?
Ainda não tive contato direto com eles.
E pelo Twitter?
Pelo Twitter, sim.
E você usa bastante o Twitter, não é?
Pois é.
Quantas horas por dia, mais ou menos, você fica no Twitter?
Bom, quando não dá, não dá. Tem dias que eu fico o dia inteiro sem olhar o Twitter. Mas quando tem algum anúncio ou quando eu saio pra beber à noite, eu fico umas duas horas, ou até quatro horas. Antes de dormir ou até quando eu não consigo dormir, eu fico olhando o Twitter e fazendo anotações.

Tekken

E o que você acha de poder ter esse contato tão direto com os fãs?
Basicamente eu acho realmente muito bom. Porque, salvo algum engano, esses seguidores [no Twitter] representam uma audiência muito grande e nós conseguimos usar isso para fazer as nossas pesquisas.
Nós temos empresas que fazem pesquisas para saber o que as pessoas acham de determinados jogos, e temos todos os dados dessas pesquisas de marketing. Quais personagens são mais populares, como as pessoas jogam e coisas do tipo. Mas o importante de falar com essa audiência grande no Twitter é saber as opiniões particulares de cada um dos seguidores. É um método de saber o que cada jogador está pensando. Quando eu pergunto as opiniões das pessoas no Twitter, eu não quero ouvir ninguém dizendo “nós queremos” tal coisa. Nós temos os dados, eu já sei disso. O que eu quero saber o que “você” está pensando.
E ouvindo essas opiniões particulares nós ganhamos dicas boas. Nós recebemos informações muito precisas, até chocantes. Nós fazemos isso para ganhar inspiração, e por isso a interação com os fãs é importante. Acho que é bom podermos fazer esse tipo de coisa.
Apesar de eu me irritar de vez em quando.
E o que mais te irrita?
Ah, tem várias coisas. Uma é quando pedem para reviver coisas dos jogos passados nos atuais. A palavra chave é “bring back”, é o spam que eu mais recebo. E isso não se limita só a personagens: também falam de músicas, modos… é sempre “bring back alguma coisa”. 
Como quando ficavam pedindo para trazer a Unknown de volta.
É, teve isso. Tem uma coisa estranha que eu achava que acontecia só no Japão, mas é no mundo todo. Existe fãs do Xbox 360, os do PlayStation 3, os da Nintendo e também os de PC – e sempre tem alguém que reclama de “por que a gente não tem isso” na plataforma dele. Parece até religião. Isso eu não consigo entender. Eu tenho todos os consoles e jogo até no PC, então eu não consigo entender porque as pessoas escolhem uma plataforma e ficam tão bitoladas nela.
Por exemplo, nós anunciamos a volta do modo Tekken Ball no Tekken Tag Tournament 2 de Wii U. Por outro lado, as versões de Xbox 360 e PlayStation 3 têm o World Tekken Federation e fomos um pouco mais a fundo com o modo Tekken Tunes. Cada versão tem os seus elementos especiais, que fomos colocando à medida em que tínhamos as ideias, mas cada lado fica reclamando para o outro. Eu realmente não entendo. Nem parece que eles são fãs de jogos. Fico vendo essas coisas e imagino onde o mundo vai parar.
Qual é o fascínio dos jogos de luta?Porque tanta gente se reúne em torno dos jogos de luta?
Eu tenho várias opiniões a respeito disso mas acho que, a princípio, não existe nenhum outro gênero tão “quente” quanto o de luta, no bom e no mau sentido. Você se empolga quando vence, mas, se perde, você fica irritado, entra até em choque. Não tem tipo de jogo que te coloque mais pressão do que esses.
A experiência de um jogo de luta envolve reflexos, conhecimento e técnica, e tudo isso é negado quando você perde. Em um RPG, com certeza você vai passar de nível e ficar mais forte se ficar treinando e conseguir equipamentos melhores. E o jogo mostra quanto tempo você gastou. Mas no jogo de luta, você pode treinar e treinar, e achar que ficou bom, mas aí quando você pensa que ficou mais forte, aparece alguém um pouco mais forte e você fica pensando no tempo que você gastou. Isso é algo que não é só dos jogos de luta, mas também no resto da vida e nas lutas de verdade. Por isso eu acho que os games de luta têm uma dose de realidade.
É o que acontece no mundo: as pessoas têm dificuldades e ficam mais fortes. Essa alegria de vencer e a raiva de quando você perde é o que amarra tudo junto.

Harada e Fernando

E a série Tekken?
Tem vários tipos de pessoas que jogam Tekken e, apesar de eu achar que esses sentimentos que envolvem vencer e perder valem tanto para os jogadores hardcore quanto para os outros, o que é diferente na motivação é que muitas pessoas não ligam muito para tentar ser o melhor do mundo e só querem, por exemplo, ser mais forte que o seu irmãozinho em casa. Ou o mais forte de um grupo de amigos. O importante é fazer várias pessoas experimentarem essa sensação de pequenas disputas amigáveis, nem que seja um pouco, dentro dos seus grupos. E acho que muita gente gosta de Tekken por causa disso.

Agora que o gênero dos jogos de luta se estabilizou, para onde ele deve ir?
Essa é uma pergunta difícil. Pessoalmente, um dos caminhos é o seguinte: desde que se tornou possível jogar online, as pessoas deixaram de sair tanto de casa. E estranhamente, apesar disso, o número de torneios aumentou muito mais com relação à época em que não existia o online. Aumentaram muito as ocasiões em que várias pessoas se reúnem em um único lugar para jogar. Esse é um fenômeno muito comum entre os jogadores mais hardcore. Continuar por esse caminho é uma das saídas, e é a saída atual. 
Enquanto isso, os dispositivos móveis e sem fio, como iPhones e iPads, têm evoluído muito. Se antes, por causa do trabalho, você não podia mais ficar sentado na sala jogando videogame, agora é possível jogar durante pequenas pausas. Isso se tornou um estilo de vida, principalmente para as pessoas mais velhas, que podem jogar em viagens. Você pode até jogar com pessoas do resto do mundo pelo Wi-fi. Então, outro caminho talvez seja fazer jogos de luta desse tipo, que use essas plataformas e sejam mais de ação, que usem estratégia e conhecimento mais do que dependem de controles complicado. É isso que eu tenho pesquisado ultimamente
E como anda o desenvolvimento do Tekken x Street Fighter?
Humm… acho que vai demorar um pouco mais de tempo. Eu até gostaria de lançá-lo mais rápido, mas agora as pessoas estão empolgadas com o Tag 2. Ele vai ter novos personagens, elementos e atualizações, e está fazendo sucesso. Eu quero continuar dando suporte para ele. Por outro lado tem o Street Fighter X Teken da Capcom. Eles estão renovando o jogo bastante, além de lançá-lo também para o Vita.
Eu cheguei até a pensar em lançar o jogo no ano que vem, mas as pessoas ainda vão estar jogando outros jogos. Então eu também quero continuar fazendo as coisas com calma. Eu gostaria que as pessoas esperassem mais um pouco.
Desde que Street Fighter IV saiu, as empresas não tem lançado jogos de luta demais? Foram um SF IV por ano, dois Marvel Vs. Capcom 3 em um ano só, cinco ou seis BlazBlue… isso não causa uma influência ruim no mercado?
Dizer que é uma influência ruim faria parecer que eu estou criticando as empresas, então não quero que haja nenhum mal entendido. Mas uma das coisas é que os jogadores ficam hesitantes. Pode ser algo até bom para quem gosta desses jogos, já que quem joga games de luta 2D normalmente não fica só em um deles.
Se aparece uma versão nova de uma coisa que você gosta, vai dar vontade de experimentar. Mas o resultado é que a comunidade se divide e a audiência do jogo fica dispersa, e eu acho que isso acontece muito. Eu acho, e muitas pessoas concordam, que é preciso pensar melhor quando lançar jogos novos. Se eu dissesse que lançaria o Tag 3, elas ficariam meio bravas. Se eu falasse: “Vamos lançar Tekken 7 no fim desse ano”, todo mundo ficaria “Hein?”. Acho que chegou a época de começar a pensar melhor em que ritmo lançar os jogos.
Você e o Yoshinori Ono (Capcom) parecem se dar muito bem. Onde vocês se conheceram?
Nós dois sabíamos que existíamos já há mais de 10… há uns 15 anos. Mas só de ver os nomes em créditos e avistar em eventos de games. A gente nunca tinha conversado diretamente.
A primeira vez foi há uns 5 anos, em um evento, durante uma apresentação da Sony Computer Entertainment. Nos colocaram em cima do palco e falaram para a gente interagir, e isso foi a oportunidade de começarmos a nos falar mais.
As nossas personalidades são completamente diferentes. A gente até pode ser parecido, mas não é bem assim. Eu sou muito mais de ideias e o Ono é melhor com planos. Nós somos completamente diferentes, mas nos demos bem e começamos a conversar.
E você não gostaria de trabalhar na mesma empresa que ele?
Se fosse em uma empresa de games, uma empresa no mercado de games, eu não trabalharia com ele. Nós trabalhamos muito diferente e ele provavelmente não conseguiria entender o jeito que eu faço as coisas. Eu até entendo os métodos dele, mas não trabalharia como ele trabalha. Mas se fosse com alguma outra coisa, sei lá, como um restaurante, talvez funcionasse.
Por último: o mercado de games japonês está passando por um momento difícil. Dizem que as ideias já não são tão boas e os jogos, não tão divertidos. O que você acha disso?
Eu acho que essas opiniões estão certas, pelo menos em parte.
Há a questão de que hoje se fazem jogos usando outros jogos como referência. Tekken tem influências de filmes e quadrinhos, mas também se inspira no mundo das lutas reais. É daí que vem a nossa inspiração.
Mas hoje, na indústria de games japonesa, não se faz mais isso de buscar em inspiração em algo real. Há muitos casos em que se faz jogos olhando apenas para outros jogos. Os FPS tão vendendo muito nos Estados Unidos, e isso, além da qualidade cinematográfica dos gráficos, tem influenciado muito os japoneses a criar jogos de tiro em terceira pessoa, mas isso não tem dado muito certo.
Enquanto isso, os animes sao conhecidos no mundo todo, mas os jogos que se inspiram neles vendem só no Japão, e não fora. É uma cultura muito única. Para mim, se você ver os jogos japoneses, existem sim muitas ideias novas e interessantes. Mas na hora de lançá-las para o mundo, falta alguma coisa. Talvez melhorar os gráficos ou talvez mexer nas mecânicas para que elas sejam mais simples. As ideias existem, mas é preciso saber expandi-las para o resto do mundo.
Existe Gundam, por exemplo. Gundam não vende muito no exterior, mas tem muitos jogos bons de Gundam que fariam sucesso no resto do mundo. Talvez o tema não seja apropriado, ou talvez a representação não seja boa. É isso que o Japão precisa ver. As ideias boas existem, mas é preciso pensar melhor nelas. 



The Old Republic: Mais detalhes sobre o futuro "modo gratuito"

The Old Republic

Você sabe, desde julho, que o MMORPG Star Wars: The Old Republic ganharia uma versão gratuita a partir do terceiro trimestre deste ano. Mas onde, exatamente, seria a divisão entre os pagantes e não-pagantes? Tem alguma diferença? Tem, sim, explicou a BioWare.
Segundo o site da produtora, os jogadores que continuarem pagando a assinatura mensal de US$ 13,99 vão continuar tendo, essencialmente, acesso a todos os elementos e conteúdo do jogo. Já a turma do “free” terá algumas limitações, como costuma se ver no mundo dos jogos online.
Todos os jogadores, sejam pagantes ou não, terão acesso total à história completa do jogo, do nível 1 ao 50. Mas quem estiver jogando de graça terá menos escolhas na hora de criar seu personagem e menos espaço no inventário, além de acesso limitado às Operations, Warzones, Flashpoints e Space Missions.
As Warzones, Flashpoints e Space Missions terão um limite de três acessos por semana para os jogadores free. Se você quiser visitar mais vezes essas missões especiais, tem que pagar um passe semanal que dá acesso limitado para essas três, e também para as Operations.
Os não-pagantes também só podem reviver até cinco vezes, só podem equipar itens roxos (mais raros) se comprarem uma licença especial e têm limitações no sistema de viagem rápida. A lista completa de diferenças está no site oficial do jogo, abaixo.
A BioWare e a EA não revelaram, porém, quando exatamente o sistema free-to-play vai começar a funcionar. Já estamos no fim de outubro, e isso quer dizer que o tal do “terceiro trimestre” está quase acabando.
E aí, TOR? Agora vai?

Walking Dead vai sair também em disco (e com edição especial)

Walking Dead

Os adventures de The Walking Dead (oficialmente Os Mortos Vivos, por aqui) da Telltale são muito bons. Mas se você não conseguiu joga-los até agora, esta nova edição bacana é a sua nova oportunidade de ouro.
Se você quiser só os cinco episódios da primeira temporada do game em formato de disco, a edição normal sai por US$ 29,99, para Xbox 360 e PlayStation 3. Mas se o seu amor por zumbis vai além, há também a Walking Dead Collector’s Edition, que sai por US$ 69,99 e tem, além do jogo, um encadernado com as primeiras 48 edições do quadrinho original. Isso dá mais de mil páginas de pura alegria putrefata.

Walking Dead

Quatro episódios da série foram lançados até agora, e a previsão é que o quinto saia em dezembro. Infelizmente os amigos do PC vão ficar de fora nestas edições em disco, que saem também no fim do ano.