terça-feira, 22 de outubro de 2013

A geração de consoles que não acabou

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Com o lançamento do PS4 marcado para o dia 15 de novembro nos Estados Unidos, a próxima geração já está com data marcada para começar – mesmo que o Wii U já esteja aí há quase um ano. Mas isso quer dizer que o PlayStation 3, o Xbox 360 e o Wii já possam ser deixados de lado? Não, muito pelo contrário – e nós estamos aqui para provar isso. 
Veja aqui alguns dos jogos imperdíveis que marcaram esta geração.
Demon’s Souls
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Com um Dark Souls lançado e outro vindo aí no começo do ano que vem, fica fácil esquecer ou dar menos importância ao jogo que provou ao mundo de que ver seu personagem morrer, morrer e morrer de novo faria parte de uma das experiências mais ricas dos últimos anos. Mas mesmo quatro anos depois do seu lançamento, Demon’s Souls continua imperdível como sempre foi. 
Pode se dizer que Dark é uma versão mais refinada de Demon’s, mas isso não tira em nada o brilho do original: o mundo fragmentado de Boletaria tem cenários mais bonitos e complexos e perigosos do que os de Lordran, e os chefes também costumam ser mais impactantes: o Tower Knight, os Maneaters e Astraea são bons exemplos. Ele é tecnicamente mais “cru” do que o seu sucessor, mas não deve nada para ele em termos de qualidade. E o melhor: a comunidade on-line continua bastante ativa.

Heavy Rain
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Hoje em dia, as pessoas podem até tirar sarro do “cineasta frustrado” que David Cage, da Quantic Dream, é. Mas quando Heavy Rain foi lançado, tenho certeza que muitos cérebros explodiram por aí. O jogo-filme/drama-interativo foi aclamado em 2010 por dar ao jogador muitas escolhas nos diálogos e opções nos momentos de ação. Suas decisões nesses momentos tensos acabam por mudar drasticamente o desenrolar da história, ocasionando na morte de alguns personagens e gerando múltiplos finais.
Por mais que os controles não sejam lá essas coisas – e você seja quase sempre um espectador, o jogo ainda hoje é visualmente impactante e inovador. Vale também a menção honrosa ao ótimo e recém-lançado Beyond: Two Souls, que usa basicamente a mesma fórmula de Heavy Rain, mas é ainda mais cinematográfico e conta com duas estrelas das telonas: Ellen Page e Willem Dafoe.

Journey
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Flow é legal, Flower é lindo, mas Journey… bem, Journey é de chorar no cantinho da parede. O terceiro game feito pela Thatgamecompany chegou em 2012 ao PS3 nos mostrando como é possível fazer um indie que esteja no mesmo nível dos grandes em basicamente todos os aspectos, já que estamos falando de um jogo impressionante nos visuais e em sua história, e com uma trilha sonora inesquecível.
Essa muda jornada do personagem mudo é maravilhosa no começo e surpreendente no final, e cada cenário parece ser mais bonito que o anterior, tornando Journey uma experiência e tanto. Além do mais, encontrar outros encapuzados online (e ter a opção de ajudá-los ou não, sem nunca interagir de verdade), só colaboram para o belo subtexto que percorre as veias do jogo.

The Last of Us
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Pra mim, poucos jogos dessa geração conseguiram passar tão bem um grupo de sentimentos fortes como The Last of Us. Mesmo que, no caso, estejamos falando de solidão, tristeza e desesperança. A Naughty Dog, que já tinha entregado uma trilogia grandiosa ao PlayStation 3, lançou, quase no apagar das luzes, algo muito mais relevante, tecnicamente superior e infinitamente melhor e mais poderoso do que os três Uncharteds juntos.
A tocante e brutal história de Joel e Ellie, que atravessam um país repleto de infectados perigosos e humanos igualmente horríveis, é tão cheia de fatos desagradáveis sobre nós mesmos que tudo se torna realista ao extremo, ainda que estejamos falando apenas de um game. Sem contar que eu ainda sinto calafrios só de lembrar do som dos tenebrosos clickers.

LittleBigPlanet 2
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LittleBigPlanet 2 corrigiu os pequenos problemas de seu antecessor e amplificou todas as coisas boas já existentes. O resultado é um dos jogos de plataforma mais divertidos (e com um co-op de primeira) do PS3.
Mas esse nem o grande lance. A magia por trás de LBP 2, pelo menos pra mim, mora na liberdade que o jogo dá aos gamers em criar fases (e todo o tipo de loucura jogável) sensacionais e compartilhá-las online, o que acaba fazendo você passar muito mais tempo experimentando as ideias de reles mortais como eu e você do que se preocupando com a campanha principal feita pelos desenvolvedores.

Metal Gear Solid 4: Guns of the Patriots
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Não é exagero dizer que muita gente comprou um PlayStation 3 só para jogar o fim da saga de Solid Snake, iniciada no primeiro console da Sony. O lançamento de Metal Gear Solid 4 foi um evento – o clímax de uma história que vinha sendo acompanhada por milhões de pessoas, há anos, e a solidificação da posição de Hideo Kojima como um dos maiores profissionais da indústria.
E não a toa: o MGS de PS3 foi um jogo grandioso em todos os aspectos: reviravolta em cima de reviravolta na trama, animações com a duração de um episódio de seriado de TV, instalações dantescas na HD do console, personagens novos e velhos saindo por todos os poros e algumas sequências que entraram para a história. Sem dar spoilers, menciono só um certo corredor aí. Se você jogou qualquer outro Metal Gear e gostou, você deve a si mesmo ver a história até o fim.

Ni no Kuni: Wrath of the White Witch
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É triste não ouvir Ni no Kuni na roda quando se fala dos melhores exclusivos do PlayStation 3 nas conversas por aí. Porque este charmoso RPG com óbvios elementos da série Pokémon, apesar de muito simples, é certamente um dos mais brilhantes dessa geração.
Sem enrolação, vamos aos fatos: sua arte é de cair o queixo, e não por acaso – ela foi feita pelo Studio Ghibli (Meu Vizinho Totoro, Castelo Animado, A Viagem de Chihiro, etc); por sua vez, a trilha orquestrada de Joe Hisaishi, responsável pela música de vários dos filmes do estúdio japonês, é grandiosa e emocionante. Isso tudo, somado ao fato de Ni no Kuni ser extremamente divertido e viciante, fazem dele um daqueles jogos que não devem ser ignorados antes de todos nós botarmos as mãos em um PS4 ou Xbox One.

Siren: Blood Curse
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Siren foi uma das poucas grandes séries de terror que nasceu nas últimas gerações e, apesar de ter sido deixada de lado pelo seu criador, o japonês Keiichiro Toyama, deixou para nós um legado de sustos que culminou no PlayStation 3.
Blood Curse é um remake que não só deixou o primeiro jogo da série muito mais bonito, mas também experimentou com várias outras coisas. Primeiro, foi lançado em formato episódico em uma linguagem parecida com a de um seriado de TV – o que se encaixou muito bem na história. Depois, mexeu bastante no roteiro original (o que acabou desagradando algumas pessoas). Ainda assim, visitar a vila de Hanuda é o tipo de coisa que ainda enche você de calafrios e te faz virar o rosto frente a cenas grotescas como poucos jogos têm. Mas não vire.

Uncharted 2: Among Thieves
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A série de tiro desenvolvida pela Naughty Dog é tida como uma das mais importantes das que nasceram no PlayStation 3, e não sem mérito: ele juntou uma mecânica de tiro simples e divertida com um visual top de linha e aquela velha e boa linguagem cinematográfica. E apesar de Drake’s Deception ser o jogo mais novo, Among Thieves foi onde a fórmula alcançou o seu auge.
Isso porque o segundo Uncharted alcançou o ponto de equilíbrio na mescla das duas coisas: é mais refinado que o primeiro e menos limitado que o terceiro. Além de ter uma história que não tenta se levar terrivelmente a sério, começa empolgante e tem momentos bacanas até o fim. Todos os capítulos da série protagonizada por Nathan Drake são bastante divertidos, mas só o segundo é capaz de tirar o seu fôlego de verdade.

Yakuza 4
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Talvez o jogo menos popularmente conhecido (ou aclamado) da nossa lista. Aqui falamos de Yakuza 4, aquele lançado em 2011 no Ocidente, mas poderíamos estender facilmente essa recomendação a todos os outros jogos da série – ainda que os dois primeiros episódios sejam para o PlayStation 2 e que, infelizmente, os remakes HD não tenham sido lançados fora do Japão.
Apesar de algumas comparações que possam ser feitas por aí, a série da Sega tem muito pouco a ver com Grand Theft Auto, mesmo que ambas falem do mundo do crime e tenham mundos abertos.Yakuza, seguindo a filosofia de design japonesa, é muito mais focado e intimista, por assim dizer: os games falam da saga (repleta de drama) de Kazuma Kiryu, ex-membro da máfia, e amarra a narrativa de dois jeitos: as grandes cidades e as várias pequenas atividades que se pode fazer nelas, como ir ao karaoke e treinar lutadores profissionais. Se você curte o Japão e histórias de gângsters, Yakuza é obrigatório.

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