sábado, 30 de junho de 2012

Review: Skyrim - Dawnguard (Xbox 360, PC, PS3)

Dawnguard

Eu não via a hora de jogar Skyrim: Dawnguard. A Bethesda anunciou o DLC como uma espécia de pacote de expansão, uma bela fatia de conteúdo novo para o RPG de esquartejar dragões. E, claro, Skyrim foi um dos melhores jogos de 2011, eu passei cerca de 80 horas explorando seus cenários gigantescos e cheios de segredos. Então, quando eu entrei em Dawnguard, eu esperava muito.
Eu esperava cenários novos e surpreendentes, novas tramas bizarras. Esperava conhecer cidades novas e ser completamente sugado de volta para esse mundo viciante. Mas isso não aconteceu.
Aqui está o que você precisa saber sobre Dawnguard, a expansão que chegou nesta semana para Xbox 360 (e que chega daqui a alguns meses para PC e PlayStation 3): ela acrescenta duas linhas de missões ao jogo, uma para cada uma das duas novas facções que você pode apoiar. Em uma dessas linhas, você se alia a um castelo cheio de vampiros; na outra, tem que caçar e matar esses vampiros. Ambas exigem que você encontre um item mágico ou outro, o que significa que você vai ter que correr pelos mapas através de lugares novos e antigos, repetindo a eterna jornada por cavernas em sua eterna missão para salvar o mundo (de novo).
Dawnguard também enche Skyrim com um monte de outras missões, tarefas e cenários aleatórios. Como um vampiro, eu era constantemente abordado pelos caçadores de vampiros da Dawnguard, que surgiam em todas as cidades que eu visitava, me rastreando como se eu tivesse um iPhone com GPS ligado. Essa capacidade de rastrear vampiros só existe para os NPCs, porque quando você joga como um caçador de Dawnguard, é perseguido por vampiros (alguns dos quais, aparentemente, matam NPCs aleatórios onde quer que você vá).

Dawnguard

Devido à natureza desse DLC (e de Skyrim em si), devo admitir que eu ainda não vi tudo o que ele tem para oferecer. Eu fiz a linha de missões dos vampiros da história principal da expansão e acompanhei algumas de suas novas missões secundárias, mas não vasculhei todas as regiões do jogo em busca de novos conteúdos. Por isso, é bem possível que eu tenha perdido algumas novidades bacanas. Mas o que eu encontrei – e o que você, jogador moderado que não depende de Skyrim para viver, vai encontrar – foi bem decepcionante.
As novas missões são chatas. Além de alguns poucos novos conceitos bacanas – como matar um civil enquanto veste a armadura de um guerreiro de Dawnguard para colocar a OPINIÃO PÚBLICA de Skyrim contra a facção – tudo o que vi era mais do mesmo. Vá até tal lugar, pegue isso, mate aquilo, coloque isso em cima daquilo. Não há nada absurdamente impressionante como, digamos, certa missão no final da linha de quests da Dark Brotherhood no jogo original.
As novas áreas são chatas. Soul Cairn é só um clone cheio de almas de Blackreach. É grande, roxo e completamente vazio. Para finalizar suas missões, você terá que perder muito tempo caminhando por vastas extensões de absoluto nada. Você vai lutar contra um minichefe, andar dez minutos pelo nada, lutar com outro minichefe, andar mais dez minutos pelo nada, e assim por diante. Isso não é divertido, envolvente ou emocionante. Muito menos a parte em que um NPC pede para você caçar dez pedaços de papel. Será isso uma prévia de The Elder Scrolls Online?

Dawnguard

Os novos poderes vampirescos são chatos. Você não pode usar poções ou feitiços enquanto está na forma de Vampiro e, o pior de tudo, você está preso na visão em terceira pessoa. Teleportar-se pelo mapa na forma de um enxame de morcegos e drenar a vida dos inimigos é legal, mas totalmente impraticável na rotina das batalhas. Para usar itens, abrir baús e passar por algumas portas, você terá que voltar à forma humana, o que significa que você terá que esperar por uma longa sequência de animação antes de poder continuar andando. Bem irritante.
Até os bugs são chatos: além de um momento ridículo no início do DLC, os bugs e erros de Dawnguard não conseguiram nem me fazer rir. Na verdade, foi bem sem graça quando meu seguidor desapareceu de repente e eu tive que refazer mais de uma hora de jogo porque eu não conseguia avançar na missão sem ele.
A falta de criatividade de Dawnguard é tanta que fica difícil acreditar que ele tenha sido feito pela mesma equipe de Skyrim. Fãs atentos da Bethesda vão notar que alguns dos novos recursos do jogo foram retirados daquela game jam de Skyrim que Todd Howard apresentou na DICE no início deste ano. Correntezas de água, cavernas escuras e montarias esqueléticas estavam todas lá. Mas tudo isso ainda é muito pouco. A Game Jam, em si, foi mais legal que qualquer momento em Dawnguard.
Se eu tivesse que resumir Dawnguard em duas palavras, eu diria: mais Skyrim. Para muitas pessoas, isso é o suficiente. Se você é uma dessas pessoas, vá em frente, você será feliz com o DLC. Mas se você queria algo especial, algo único, algo que poderia lhe dar os mesmos arrepios que você teve na primeira vez que desbravou as vastidões cheias de neve do RPG da Bethesda, então você pode parar por aqui. Ou pelo menos esperar por Skyrim: Game of the Year Edition (você sabe que ela vem).


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