quarta-feira, 11 de julho de 2012

Ouya, o console Android de US$ 99, já arrecadou um milhão. É o futuro?

Ouya

É um nome estranho, mas limpinho: o Ouya é a promesa de uma plataforma de apenas US$ 99, baseado no sistema Android, que promete rodar apps de tablets e smartphones em TVs e monitores. Como um console com preços verdadeiramente acessíveis. Ou pelo menos, essa é o conceito do projeto como é descrito na sua página do Kickstarter.
Desde quando a App Store, da Apple, começou a funcionar, o mercado de games foi tomado por uma tendência que irritou muito as grandes companhias: games por 99 centavos. De repente, uma nova geração de jogadores começou a torcer o nariz por ter que pagar jogos a R$ 200 ou R$ 100. A explosão na popularidade de games casuais para smartphones trouxe novos jogadores para o mercado, o que atraiu muitos estúdios a desenvolverem seus jogos apenas para plataformas móveis, como o iOS e o Android.

Ouya.

Com o espírito de mudança de paradigmas na cabeça, a empresária Julie Uhrman fundou o projeto Ouya, um console pronto para rodar todos os apps já lançados para as plataformas móveis e trazê-las para a sala de estar, de certa maneira.
A proposta chamou a atenção das pessoas certas. Depois de apenas dois dias desde a divulgação do projeto para arrecadar fundos no Kickstarter, a marca de 1 milhão de dólares já foi batida. A campanha ainda tem 29 dias e certamente deve bater os costumeiros recordes de arrecadação do site de crowd-funding. O povo parece que está querendo que o futuro dos games baratos chegue mais rápido que o prometido.
O console em si é composto de um processador Tegra 3, 1GB de RAM, 8GB de armazenamento em flash, conexão HDMI e resolução de 1080p. O controle lembra muito o do Xbox 360, mas tem um painel sensível ao toque bem no centro, o que facilitaria a adaptação de jogos para novas plataformas.

Ouya

Ouya também terá sua própria loja virtual, similar a App Store e Android Market (o Google Play). A intenção é atrair os desenvolvedores de grandes franquias que se frustram com a burocracia ou com os custos exorbitantes de produção de um game feito para qualquer um dos três grandes consoles do mercado. A divisão das vendas de cada game funcionaria nos mesmo moldes da loja da Apple: 30% para o Ouya e 70% para o desenvolvedor. Além disso, todos os games devem ter versões gratuitas para os jogadores testarem antes.
A empresa já conta com a colaboração de grandes nomes do mercado indie, como Jenova Chen, de Journey, Markus “Notch” Persson, de Minecraft, e Adam Saltsman, de Canabalt. O Ouya parece ser uma resposta que muitas mentes da indústria estavam esperando ouvir, e certamente deve ser uma opção interessante para um inevitável futuro incerto sobre o mercado de consoles. O Ouya sai em 2013.


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