quarta-feira, 13 de março de 2013

É hora de matar o termo “Jogos Sociais”, diz produtor da Square

Final Fantasy All The Bravest, jogo lançado recentemente pela Square Enix para iOS

Não tem nada de errado com jogos sociais, ok? Eles podem continuar existindo, numa boa. Mas talvez seja hora de abandonar esse termo. É o que diz Takehiro Ando, produtor de jogos mobile da Square Enix, em uma coluna escrita para o site da revista Famitsu e intitulada “Sayonara Jogos Sociais”.
A imagem que os jogos sociais têm hoje é muito ruim. “Normalmente a ênfase [das empresas] não era em como fazer um jogo melhor, mas como pegar mais dinheiro dos consumidores”, escreve Ando. Como notado anteriormente, os jogos sociais no Japão usavam um sistema bem parecido com o dos jogos de azar, envolvendo investimento de dinheiro real e sorte. A reação do público e do governo fez com que várias empresas removessem esses elementos, conhecidos como “complete gacha”, dos seus jogos.
Daí o termo “jogo social” no Japão passou a significar games de cartas nos quais as pessoas gastam muito dinheiro esperando conseguir cards digitais raros. Não é uma imagem muito boa.
“Neste ano, o que vamos fazer é nos esforçar para descobrir coisas novas e divertidas”, explica o produtor. Portanto, em vez de focar no “social”, Ando aponta que o objetivo é criar “jogos divertidos que rodem em smartphones”.

Ele também diz uma outra coisa bastante interessante: um lançamento recente que tem alguns dos melhores aspectos sociais hoje em dia é Animal Crossing: New Leaf (3DS), mas ninguém chama ele de “jogo social”.

É por isso que, se um jogo social é interessante, acho que é bom como jogo”, diz Ando, acrescentando que seria bom se houvesse uma nova maneira para se referir a eles. O exemplo que o produtor dá é que, no Japão, a palavra “Game Center” (usada para designar casas de fliperama) tinha uma imagem ruim. E que quando as empresas começaram a abrir “Amusement Centers” (“Centros de Diversão”), isso trouxe uma impressão muito diferente e melhor.
No fim do artigo, Ando diz que neste ano as empresas de jogo japonesas vão lançar grandes games, um após o outro. E que game designers proeminentes estão escolhendo os smartphones para serem suas plataformas.
“Porque, cada vez mais, tenho tido a chance de falar com muitos criadores de jogos hardcore sobre jogos de smartphone”, diz Ando. “A era dos smartphones se tornando videogames está chegando, enfim”.

Animal Crossing

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